SEJAM BEM VINDOS

Um novo ano se inicia e como prometido já fiz algumas mudanças no blog.
Començando com o novo design, novas fotos, novas enquetes e a cada mês um tema diferente.
Lembrando que aos visitantes, críticas e sugestões serão sempre bem vindas.
Espero que cada vez mais possamos estar conectados com o universo da arte, arquitetura e design.

Agradeço desde já a visita de todos!!!
Um abraço,

Cicera Bagatin



CHITA

A CHITA é um tecido de algodão com estampas de cores fortes, geralmente florais e com tramas simples. As estamparias são feitas sobre o tecido conhecido como "morim". Sem essa característica, não é chita.

As características principais são: cores primárias e secundárias em massas chapadas que cobrem totalmente a trama, tons vivos, grafite delineando os desenhos, e a predominância de uma cor. As cores intensas servem, não só para embelezar o tecido, mas também para disfarçar suas irregularidades, como eventuais aberturas e imperfeições.
 


A chita veio para o Brasil com os europeus a partir de 1800 e aportaram na Bahia e em Pernambuco, onde estavam os principais centros administrativos no início da colonização do Brasil. Mas foi em Minas Gerais que o tecido conheceu usos, tratamentos e processo de industrialização mais apurados. O tecido originário da Índia passou por várias melhorias até chegar ao que temos hoje. Após um longo processo burocrático, cultural e financeiro, a chita passou a ser produzida também no Brasil. A produção do tecido no país barateou muito, tornando populares as peças confeccionadas com o material, transformando-a, assim, em um dos ícones da identidade nacional. 





  Um bom exemplo dessa apropriação está na variedade de estampas de chita existentes hoje, chamadas de maneira muito simpática de chita (flores médias), chitinha (flores pequenas) e chitão (flores grandes). O chitão é uma criação exclusivamente brasileira, só possível quando, já no séc. 20, a largura do tear aumentou de 90 cm para 1,40m. O preço baixo e a adaptação ao clima tropical alçaram chita a escolha número um para a vestimenta das camadas mais pobres da sociedade: colonos, operários e, antes deles, os escravos.








Atualmente é mais usado em festas populares, como a festa junina, mas vem sendo valorizado também na decoração, principalmente como referência estética. De tempos em tempos, ganha espaço em passarelas, galerias de arte, vitrines e palcos, quando estilistas, artistas plásticos, designers e outros criadores redescobrem estas estampas e as incorporam a suas produções.





Portanto, para quem gosta desse tecido ousado, saiba que não é cafona vc usar como decoração ou em roupas. 

Misturar estampas é permitivo, mas não se esqueçam que em tudo se deve ter o equilíbrio. O exagero poderá deixar o ambiente pesado ou no caso de roupas, muito. chamativo. 

Se utilizarem a chita como um detalhe ou como um elemento de destaque, certamente  vc ou o ambiente a ser decorado ficarão com muito estilo!